Ruínas é um Laboratório de carácter experimental que inaugura um conjunto de práticas culturais transgeracionais no sentido de reclamar o lugar da cidade como “Lugar de Todos”. Pretende-se que os cidadãos se mobilizem para um projeto de longa-duração em torno das suas próprias memórias e projeções de vivências das suas cidades.

Confronta o quotidiano, o dos comerciantes e moradores, para a inversão do abandono, e esvaziamento e gentrificação recorrendo à mobilização, amplificação, inventariação das vivências religando-as com o espaço-tempo da cidade. Focamo-nos sobretudo no sentido humano e não exclusivamente no sentido Físico (Património Material) ou Produtivo (Económico) dos bairros dos centro-históricos.
Pretende-se fomentar encontros regulares para a consciencialização de hábitos comuns ao funcionamento do bairro e para a partilha de expetativas relativamente à cidade, seu futuro e próximas gerações.

A constituição desta premissa estrutura o Laboratório construindo práticas multidisciplinares, que fomentem o pensamento artístico e científico, no sentido da reversão das ruínas que subsistem na cidade, convocando deste modo para o debate das dicotomias – útil/inútil, ficção/realidade- incontornáveis nos ritmos das cidades dos nossos dias.

 

– Linhas de Investigação:

Repositório
1.Investigação artística e científica que pretende discutir as inter-relações do Quotidiano – Tempo: Repetição contra Acontecimento, Rotura contra a Repetição, Quotidiano contra o Tempo.
2. Examinar o sentido humano da cidade para além das componentes físicas (Património Material) e produtivas (Económica).
3. Procurar e inventariar um depósito possível de vivências do bairro no centro-histórico.

Chão da Cidade
1. Quotidiano/0 – Dirigir-se ao CENTRO. Reflexão sobre a rotina que funda o tempo e espaço do quotidiano.
2. Observar as representações da rotina da cidade: impressões, afinidades e marcas que suportam o seu centro.
3. Projetar (convocar) um conjunto ainda mais amplo de camadas horizontais alternativas do Chão da Cidade.

As cores do arco-íris
1. Quotidiano / Espaço. A importância social e comum do espaço. Os espaços símbolo da vivência e produto do quotidiano.
2. Conhecer a rua e declarar o lugar da cidade como “Lugar de Todos”.
3. Memórias e projeções dos lugares da cidade.