Génese

A aprendizagem é processo, a interacção complexa e interactiva entre todos os intervenientes é incontornável.
O caminho de descoberta que se realiza é aquele onde se vão tomando decisões mesmo que não se possuam todas as informações necessárias a essas tomadas de decisão.
É um modo de conhecimento individual onde cada transformação possível abre um número ilimitado de novas transformações, algumas fecundas e outras que acabam em becos sem saída.
O valor da aprendizagem reside não na finalidade, mas no processo que se empreende e que vai ser relevante para tudo pois trata-se de um modo de maturação intelectual por via da vivência das experiências.

 

Escola

A entrada “Escola” no Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa revela-nos um fascinante entendimento daquilo que está na génese dessa palavra: “do gr. scholé. <<própriamente, paragem; repouso, descanso; ocupação estudiosa, ocupação sábia, estudo; associação de cultura; lugar de estudo, escola; produto do estudo, tratado, obra>>, pelo lat. schola <<ócio consagrado ao estudo, lição curso, conferência; local onde se ensina>>.” [1]

Isto leva-nos a pensar naquilo que uma Escola é e naquilo que ela deveria ser enquanto espaço dedicado ao estudo, livre e aberto.

Todo o processo de conhecimento, aprendizagem e expressão humana, dá-se segundo dois factores: as vivências concretas e as suas simbolizações, o que é sentido. Compreender é assimilar os estímulos e dar-lhes um significado, adivinhamos o que vemos, completamos com as nossas memórias aquilo que se oferece aos nossos sentidos. Uns vêm como fundo aquilo que outros entendem como figura, o significado é obra nossa, individual. Vemos aquilo que sabemos, percebemos a realidade de uma forma única, particular. “Akadèmeia ou Ekadèmeia era o nome de um bairro a noroeste de Atenas, onde havia templos, um gymnasium e, graças à generosidade de Cimon, um vasto parque. Nesse parque, e, mais tarde, nos terrenos adjacentes, Platão reunia-se com seus alunos para ensinar filosofia. Com o tempo, os habitantes de Atenas se acostumaram a também chamar de “academia” a comunidade dos discípulos de Platão. (…) Mas não se deve supor que essa academia fosse um grupo organizado como uma sociedade de eruditos, que fizesse assembléias e publicasse relatórios. Ao contrário, o que parecia fascinante era justamente o carácter informal e livre dessas reuniões, um modo novo de estudar e debater sem formalidades, que discrepava tão oportunamente do pedantismo e o espírito escolástico das universidades. Foi essa concepção de academia que os pequenos círculos humanistas italianos adotaram durante o (…) Alto Renascimento.” [2]

Os percursos que empreendemos baseiam-se em escolhas, mais ou menos conscientes, determinadas pelas nossas vivências. Tudo gira à volta das trajectórias individuais e do valor relativo que damos àquilo que experimentamos. Se uma coisa ganha determinada importância para uns, para outros poderá ser irrelevante. Não existem padrões.

Moldar a nossa própria formação como pretendemos exercê-la na prática enquanto pessoas – numa ligação sensitiva e disponível entre o projecto e a prática, entre o saber e o fazer – não é uma questão de algo aparente e evidente num sentido mais estereotipado, mas sim uma questão de estado de espírito, um modo de ser e não um modo de aparecer.

Direcção Artística

 

Bibliografia
[1] MACHADO, José Pedro, Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, Volume II, livros Horizonte, 1977, p. 445
[2] PEVSNER, Nikolaus, trad. de Vera Maria Pereira, Academias de Arte; Passado e presente, Companhia das Letras, S. Paulo, 2005, pp. 69 e 71

Um Centro – Um Ecossistema – Um Território

 

Unidade de Investigação

A ESCOLA é uma Unidade de Investigação que funciona como centro multidisciplinar que origina o encontro de gente – com foco na emergência artística e científica – empenhada em pensar, fazer e agir, integrando transversalmente experiências e conhecimentos em diversas áreas do saber.

Promovemos a contemporaneidade, fomentando a investigação e criação artísticas nas vertentes das Artes Visuais, das Artes Performativas e do Cinema, cruzando-as com as diferentes áreas científicas, num trabalho articulado com a Comunidade, as Escolas e a Universidade, estabelecendo assim uma ligação efectiva entre Arte, Educação, Ciência e Cultura.

Contrapomo-nos a projectos, agendas e estudos bizarros que afligem a relação criativa com o meio em que habitamos.

 

Ecossistema de Aprendizagem

ESCOLA é essencialmente um ecossistema de aprendizagem nos diferentes campos de experiência Artística, Científica, Social e Política.

Para cada um dos domínios de Aprendizagem criámos 4 diferentes Laboratórios:

– Estações Bucólicas, Laboratório de Acção Artística;
– Experiência Da Floresta, Laboratório de Ciências Ambientais;
– Habitantes Da Montanha, Laboratório de Filosofia Social;
– Fio da Sustentabilidade, Laboratório de Políticas de Desenvolvimento.

Os Laboratórios acolhem projectos de investigação artística e científica cruzando diferentes áreas do conhecimento, no sentido de compreender as múltiplas relações entre o indivíduo e a natureza ao longo do tempo, partindo do seu legado histórico ao presente, num compromisso socio-ambiental no sentido de um futuro sustentável cada vez mais amplo.

Os Laboratórios são unidades autónomas com requisitos e especificidades singulares para a experimentação, que se assinalam por matérias próprias com as mais diversas características e métodos de aprendizagem únicos.
Incentiva-se a descoberta de novas práticas e de novas teorias sempre assentes na singularidade das matérias e das experiências que elas promovem.

Toda a aprendizagem está sempre em projecto, aberta às actualizações que se vão fazendo. Quase como um diário gráfico centrado na nossa vida, nos espaços que percorremos e nos ritmos que empreendemos. São registos que ficam, testemunhos que revelam todos os processos e que servem como modo de entendimento dos nossos pensamentos e dos nossos esforços. Um conhecimento subjectivo, sem origem, memória ou história que se adquire a partir da observação da realidade e da vivência que aparentemente é comum.

 

Território da Serra da Estrela

O centro de investigação instala-se no “Território da Serra da Estrela”, implementando um conjunto de práticas culturais transgeracionais que percorrem 8 aldeias do município da Guarda.

Do conjunto de lugares propostos a valorizar nas aldeias e sua envolvente destacam-se:

– Dois espaços de Arte Contemporânea, Fernão Joanes e Guarda;
– Um espaço para Arte sonora, Famalicão;
– Dois espaços para Aprendizagem Informal, Meios e Guarda;
– Unidade de de floresta autóctone, Escola da Floresta (a designar);
– Revitalização de espaços afectos à indústria da lã, Meios, Trinta, Corujeira e Maçaínhas.

Meios | ESCOLA – Antiga Escola Primária de Meios
Espaço de atelier, Galeria,
Aprendizagem Informal

Meios | MUSEU DA TECELAGEM
Espaço museológico, oficina e Galeria

Fernão Joanes | SANTUÁRIO BUCÓLICO – Sítio dos currais
Espaço de Eventos Ar-livre
3 Espaços expositivos intercalados.

Maçaínhas | FÁBRICA
Fábrica do Genuíno Cobertor de Papa (Parceiro)
Espaço de apresentação de Artes Performativas

Corujeira | O FIO DA SUSTENTABILIDADE
Espaço de Natureza

Trinta | Espaço Industrial

Videmonte | PROJECTO BOSQUES
Espaço de Natureza

Famalicão | ESPAÇO ARTE SONORA
Povoado e Equipamentos existentes

Guarda | ESPAÇO PONTES
Galeria, Oficina, Aprendizagem Informal

 

Parceiros Locais
(em desenvolvimento)

Estações Bucólicas
Estações Bucólicas é um macro-laboratório dedicado às artes visuais e performativas que reclama os lugares rurais ancestrais como “Lugares de Vida” no sentido mais amplo.

Em parceria com as Universidades UBI (Covilhã), UTAD (Vila Real) e UL (Lisboa), convocam-se simultaneamente áreas científicas específicas para as linhas de investigação artística – “Ovis Aries”, “Velo de Ouro”, “Vida do Campo” e “Galerias” – promovendo o enquadramento ideal para um desenvolvimento sustentável – próximo da natureza – em respeito pela qualidade e carácter dos costumes rurais, enaltecendo a beleza da vida campestre e pastoril enquanto legado da antiguidade.

 

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Ovis Aries (Agronomia)

Procura-se aqui a capacitação para a inovação num processo de estudo integral do animal – ovino –, no quadro das suas múltiplas aptidões: lã, leite, carne, couro e ordenação ambiental. Apreender a importância do “genuíno” no âmbito cultural e civilizacional, desenvolvido a partir de símbolos religiosos remotos como “Casher” ou “Halal”. Construir a diferenciação de uma cultura económica tradicional no contexto de uma nova dinâmica ambientalmente sustentável e próxima da natureza.

 

Velo De Ouro (Antropologia)

O mito convoca-nos para uma viagem imaginária à grande constelação Áries. Este projecto propõe outra demanda – inscrever a viagem de todos os velos – do cordeiro à substância última. O velo reinventado, sem limites.

 

Vida do Campo (Estudos Culturais)

A exploração do conceito “Lugares de Vida” enquanto lugares rurais ancestrais. A vida do campo – como poema – onde se louva a beleza da vida campestre e pastoril, na melhor tradição e herança clássicas. Promoção de práticas culturais transgeracionais baseadas em núcleos de desenvolvimento temáticos.

 

Galerias (Ecologia)

As galerias ripícolas são o centro da revigoração e revitalização dos territórios do Prado à Floresta. Consistem em corredores formados pelos ribeiros, riachos, arroios protegidos que atravessam lameiros, prados, zona de cultivo e pastagem. ”Galerias ” é um projecto que se ocupa estritamente da investigação artística e científica dos seus ecossistemas com o objectivo de preservar e potenciar no comportamento das linhas de água o melhoramento do seu carácter estruturante maximizando as potencialidades do meio ambiente e garantindo uma gestão ecológica sustentável.

Habitantes da Montanha

Habitantes da Montanha, é um projecto de inovação social e cultural, focado na integração dos habitantes locais no quadro das actividades do Centro Escola.

Laboratório constituído no sentido de estimular as múltiplas relações entre comunidades, ultrapassando: (1) desenraizamento cultural, (2), dualismos e rivalidades sedimentadas agravados por um isolamento social (3) a fragilidade e falta de alternativas económicas, (4) a vulnerabilidade às alterações climáticas, para uma compreensão mais alargada da forte influência da vida rural e pastoril na Região da Serra da Estrela procurando capacitar os seus agentes culturais para uma maior responsabilidade na construção do seu próprio futuro.

O laboratório Habitantes da Montanha tem como objectivos:

– Transmitir técnicas e práticas ancestrais;
– Desenvolvimento humano;
– Dinamizar a gestão dos recursos do território;
– Proteger a biodiversidade e recursos naturais.

A integração dos Habitantes da Montanha na ESCOLA estrutura-se em três níveis de actividades:

– APRENDIZAGEM INFORMAL
Participação da População nos Espaços Abertos, nível Base;

– ASSEMBLEIA GERADORA
Debates Temáticos, Reunião de Aldeias, Capacitação para processos de decisão, acções pedagógicas e Cidadania activa;

– FESTAS SOLARES
Encontro entre gerações com actividades dedicadas as artes, ao desporto, saúde física e mental, ao bem-estar tais como jogos na natureza, oficinas gastronómicas com produtos locais, etc.

Experiência da Floresta

As actividades deste Laboratório enquadram-se no programa do Projecto Bosques com a coordenação e acompanhamento científicos da Universidade de Trás os Montes e ProSilva Internacional. A Experiência da Floresta procura estimular projectos que reflictam os limites da acção humana, inscrevendo as suas acções na Floresta em metodologias próprias da Silvicultura Próxima da Natureza nas seguintes quatro linhas de investigação.

 

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Restauro

Reflexão sobre recuperação de valores do património natural e cultural. Processos experimentais que visam estimular o sentido crítico e social para o restauro de ecossistemas degradados. Preparação e implementação de projecto de intervenção e de desenvolvimento, com promoção de actividades artísticas e científicas,  ligadas aos ecossistemas e ao património histórico existente.

 

Habitar

Linha de investigação e criação experimental em Arquitectura e Escultura que pretende questionar múltiplas formas de habitar, viver, estar, usufruir e criar na natureza. Promoção de Estudos, projectos, prototipagem, técnicas de construção que façam um uso inovador das matérias primas disponíveis geradas pela ESCOLA DA FLORESTA da UNIDADE DE DEMONSTRAÇÃO SILVICULTURA PRÓXIMA DA NATUREZA. As actividades terão o apoio permanente de uma Oficina para Madeiras Autóctones no espaço da Antiga Escola Primária dos Meios.

O Habitar Espaço Mínimo pretende reunir um conselho de investigadores que estudem estratégias de construção para uma intervenção arquitectónica integrada dos vários LUGARES no Centro de Investigação ESCOLA ao longo dos próximos anos que constituam um exemplo raro para a região de boas práticas arquitectónicas socio-ambientais.

 

Interacções

Unidade de Demonstração de Silvicultura Próxima da Natureza.

Compreensão do Ecossistema Carvalhal nas suas diferentes vertentes e contributos para o desenvolvimento sustentável pelos bens e serviços proporcionados à sociedade e ao ambiente numa unidade de demonstração que se constitua como palco para a promoção científica e técnica da Silvicultura através das artes. Esta linha de investigação fomenta a valorização da floresta autóctone pelo uso de procedimentos e técnicas que actuam em conformidade com os processos naturais, respeitando o equilíbrio dos Ecossistemas.

 

Desvios

A linha de investigação pretende medir os padrões de produção e consumo em relação aos hábitos das comunidades. Duas grandes linhas de actividades serão relacionadas: processos de produção inovadores e sustentáveis através dum sistema de silvicultura de base natural, e aproveitamento dos materiais e recursos desses ecossistemas tais como, a madeira, bolota, etc.

Pretende-se experimentar “desvios” culturais e hábitos das comunidades, da alimentação humana ao desporto e lazer, desenvolvendo cadeias de valor e promovendo a redução da pegada ecológica.

O Fio da Sustentabilidade

Práticas sustentáveis e uso inteligente dos recursos naturais.

A produção e consumo sustentáveis de bens e serviços devem ter um impacto mínimo sobre o meio ambiente, ser socialmente justos e economicamente viáveis, atendendo às necessidades básicas dos seres humanos.

Este laboratório tem por finalidade estimular e apoiar projectos de Produção – Consumo Sustentáveis, contribuindo assim para o cumprimento dos objectivos e compromissos nacionais e internacionais, em especial os relativos à conservação da natureza e biodiversidade e às alterações climáticas.

O sistema de produção da lã ovina (fio), enquanto matéria-prima, bem como a sua transformação em novos produtos, assenta em modelos que acarretam danos ambientais e sociais inversos aos objectivos da sustentabilidade, promovendo um agravamento da pegada ecológica.

 

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Da História à Inovação – Cobertor de Papa

O projecto Da História à Inovação – Cobertor de Papa, visa a valorização de elementos característicos da cultura da região.

Conhecer a sua história, modo de produção e utilidade é imperativo para o desenvolvimento de produtos inovadores que revelem um elevado conhecimento do Cobertor tradicional e suas características.

A valorização deste elemento da cultura regional, o ensino, a investigação e a realidade profissional, permitem estreitar relações e gerar proximidade com futuros profissionais que venham a integrar este meio e perpetuar o desenvolvimento de novos projectos.

Importa valorizar a oferta formativa existente nas áreas criativas nomeadamente o design, a media art e artes performativas, ao nível de Instituições de Ensino Superior interessadas em participar no projecto. O envolvimento de Profissionais, Especialistas, Designers e estudantes das áreas de Design, Comunicação, Media Arts entre outras a identificar, da IES parceira pressupõe o desenvolvimento de produtos com a utilização do Cobertor de Papa ou produtos que divulguem, valorizem e apresentem uma componente pedagógica sobre os processos para criação do Cobertor de Papa.

Aliar a Tradição à Inovação, a investigação, o Ensino e a produção de novos produtos é um dos grandes objectivos.

Promotor: Câmara Municipal da Guarda – (Alexandra Cruchinho)
Parcerias: Universidade Lusófona; Artech, Associação Selectiva Moda

 

Papachurra – Revitalizar o Cobertor de Papa Artesanal de Lã Churra

O cobertor de papa: um ecossistema em perigo de extinção

Pretende-se com o presente projecto preservar, revitalizar e promover o potencial económico da produção do cobertor de papa e, com isso, contribuir também para a manutenção e expansão do seu ecossistema e reforçar a identidade do território da Beira Alta, em particular do município da Guarda.

Estabelecem-se os seguintes objectivos:
– Revalorizar e manter viva uma tradição/produto único, uma tecnologia ancestral e um ecossistema único associado à produção do cobertor de papa.
– Reforçar a identidade local e regional através da valorização de tradições e do envolvimento da(e) comunidade(s)
– Garantir a transmissão de conhecimentos ancestrais/tradicionais a gerações futuras- Projecto Escola do cobertor de papa
– Desenvolver a economia local com base em produtos endógenos, criando circuitos integrados de produção e comercialização, permitindo a criação de valor acrescentado na região.
– Potenciar profissões futuras e criação de emprego através da produção artesanal
– Potenciar o turismo alicerçado na identidade local e no ecossistema do cobertor de papa

Promotor: Associação O Genuíno Cobertor de Papa (AGCP) | Candidatura ao PROGRAMA EDP TRADIÇÕES – Edição 2021/2022.

Universidade da Beira Interior (UBI); CEARTE – Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património; APROMEDA CRL; Agrupamento de Produtores da Raça Ovina Churra Mondegueira; Cipina Unipessoal, Lda (Produtor de Ovelha Churra do Campo); AtrásdosBarrocos.com unipessoal, Lda. (produtor de ovelhas Churra Mondegueira); Lameagro, Sociedade Agrícola, Lda (Produtor de Ovelha Churra do Campo); João Santos- Criador de ovelhas Churra Mondegueiras; Têxtil Manuel Rodrigues Tavares, SA; Associação Desenvolvimento Turístico Aldeias Históricas de Portugal; Rede iNature Turismo Sustentável em Áreas Classificadas.

Parcerias: Junta de freguesia de Maçainhas.

Espaços Abertos

Aproximação aos Laboratórios onde se desenvolvem todos projectos de investigação e criação artística e de inovação social, estabelecendo contacto directo com os artistas nos seus locais de trabalho e com a população local participante.

As actividades centram-se na compreensão das metodologias, técnicas e construção do processo artístico, assim como de técnicas e ofícios ligados à história do território, através de uma aprendizagem informal sem recurso ao uso de um programa rígido, sendo este de carácter livre nas áreas das Artes Plásticas, Música, Cinema, Artes Performativas, Centro de Documentação e outras áreas consideradas relevantes.

Estão disponíveis a toda a população, da escolar à local, de todas as idades, em 3 níveis progressivos de integração nos laboratórios:

Nível base
– Aprendizagem informal, estímulo da experimentação
– Partilha e utilização de estúdios
– Participação nos projectos dos laboratórios

Nível intermédio | convite a voluntários para os projectos dos laboratórios
– Formação mínima em produção artística
– Compreensão das técnicas e dos ofícios ligados à história do território.
– Introdução a ferramentas de projecto

Nível autónomo | participação integral nos espaços de estúdio
– Acesso integral a todos os espaços de criação
– Organização e manutenção dos espaços
– Participação e iniciativa na organização de eventos e dinamização das actividades do Centro de investigação.

Escolas (diferentes níveis de ensino)

O Escola é simultaneamente um projecto artístico e pedagógico aberto às escolas parceiras do projecto.

Todas as actividades dispõem dos Laboratórios como matéria, tema, espaço, lugar para a sua manifestação e desenvolvimento. O projecto conta com alunos e professores, sua realidade e prática pedagógica, para lhes fomentar a inclusão de modelos de conceptualização e acção artística.

Todas as actividades promovidas oferecem às escolas uma versatilidade interdisciplinar, da arte às ciências, ao desporto e às humanidades, por intermédio de um contacto directo com os investigadores.

Dada a natureza das diferentes propostas das escolas e face às exigências dos calendários escolares, o projecto estrutura-se da seguinte forma:

– Oficina-visita;
– Oficina-projecto;
– Apresentações públicas.

Cursos avançados e Pós-graduações

 

Curso Avançado em Arte e Natureza

A ESCOLA localizada na natureza e nas comunidades que vivem com a natureza oferece-se como território exemplar para o estudo das complexidades sociais e ambientais representativas do mundo rural do Sul da Europa e Mediterrâneo.

Oferta de módulos de estudo anuais transdisciplinares, com flexibilidade no seu planeamento e desenvolvimento concreto dos projectos pertinentes em regime de residências na natureza fora do contexto da sala de aula.

Liberdade permanente para as práticas artísticas e científicas promovidas em constante diálogo entre lugares, partilha e acompanhamento entre investigadores das diferentes áreas.

Período de estudos de 1 ano em regime de 4 residências de 10 dias.

 

Pós-Graduação em Práticas Espaciais para Escultura
(em desenvolvimento)

O curso desenvolve-se dentro dos princípios de Residência Artística ao longo de quatro tempos de 21 dias de trabalho intensivo, distribuídos pelos meses de Setembro, Dezembro, Abril e Maio.

Integrando a dimensão cíclica, grega, camponesa, de tempo, esta Pós-Graduação decorre ao longo das intermitências que os ritmos das Estações do ano definem e que alteram a paisagem onde se irá trabalhar.

O curso estrutura-se num tempo total de 84 dias, 1600 horas de trabalho, das quais 270 horas serão de contacto com os docentes. Dois semestres, cada um deles contemplando duas Residências, e três unidades curriculares: duas de carácter teórico-prático de orientação tutorial e uma teórica de seminários. Serão quatro residências por ano cada uma delas com a duração de 800 horas de trabalho, das quais 135 horas serão de contacto com os docentes.

Em regime de imersão total, e numa constante indagação sobre o momento que se vive, o espaço onde se habita e trabalha e sobre a comunidade onde se está inserido, esta Pós-Graduação tem como pressupostos transversais a partilha de conhecimentos e experiências. Propõe-se uma reflexão sobre a intervenção e a presença do trabalho artístico no espaço natural, questões relacionadas com a obra site-specific e in-situ, a temporalidade, a perenidade e o efémero.

Parte-se do espaço natural enquanto promotor de pensamento e questionam-se os estereótipos das percepções culturalmente treinadas, adquiridas e memorizadas. Os conteúdos das unidades curriculares teórico-práticas variam entre a consciência das correlações entre o corpo e o espaço envolvente; a cultura de sustentabilidade e a criatividade como um recurso importante no seu desenvolvimento; a subversão da produção como forma dominante das nossas sociedades e; os limites do fazer.

Projectos Operacionais
(em fase de elaboração para implementação 2o semestre, 2021)

1 . O Fio da Sustentabilidade
Inovação: Cultural, Social , Ambiental e Económica
Objectivo: Produção – Consumo Sustentáveis

2. Habitantes da Montanha
Inovação: Cultural, Social , Ambiental e Económica
Objectivo: Mobilidade, Integração e Enraizamento social

3. Projecto Bosques
Inovação: Cultural, Social , Ambiental e Económica
Objectivo: Reflorestar e Cuidar