PONTES 21
ARTE – CIÊNCIA – CULTURA
PROJECTO OPERACIONAL
(Objecto de Candidatura ao Programa de Apoio Sustentado 2018-2021, DGArtes)

1. Apresentação
2. Sobre a Luzlinar
3. Parceiros
4. Projecto Artístico e Plano de Actividades
5. Abrangência
6. Objectivos Gerais
7. Intervenção Local
8. Gestão | Quadros e Resumos

 

1. Apresentação

A acção deste projecto, iniciado em 2015, desenvolve-se fundamentalmente ao longo do eixo geográfico Fundão/Trancoso, englobando uma vasta região do interior profundo, predominantemente rural, em processo de desertificação e com indicadores de desenvolvimento muito desfavoráveis.

Pretende-se assim contribuir para a inversão desta situação através da realização de projectos artísticos, procurando abranger as diferentes áreas do conhecimento, cruzando linguagens e contribuindo para o estudo e divulgação dos patrimónios material e imaterial destes territórios.

Promovemos a contemporaneidade, fomentando a investigação e criação artísticas na vertente das Artes Visuais, trabalhando em articulação com a Comunidade, a Escola e a Universidade, estabelecendo assim uma ligação efectiva entre Arte, Educação, Ciência e Cultura.

O projecto convoca os contextos de “cidade” e “natureza” a partir de dois focos de acção principais – Laboratórios – localizados respectivamente na Cidade do Fundão e na Aldeia Artística do Feital, percorrendo as localidades deste eixo geográfico,  e com o contributo vindo da cidade de Lisboa , da Vila de Belmonte e outras além fronteiras na Raia Espanhola, na Alemanha e Noruega.

Estes laboratórios multidisciplinares denominados – Comuna e Campus – promovem o encontro de gente – com foco na emergência artística – empenhada em pensar, fazer e agir, integrando transversalmente experiências e conhecimentos em diversas áreas do saber.

A concretização deste projecto passa fundamentalmente pela realização de actividades nos domínios da Criação e Investigação Artísticas, da Formação e do Desenvolvimento de Públicos, articuladas em quatro linhas de orientação:

1-Investigação | projectos multi-disciplinares de pesquisa e criação.
2-Experiência | projectos teórico-práticos em tutoria em articulação com meios institucionais e privados para integração na vida activa.
3-Formação | oficinas, residências e seminários
4-Promoção e divulgação | Apresentações públicas, oficinas abertas, exposições, performances e edição.

Neste contexto destacamos as actividades de maior relevância:
1-Projectos de investigação e criação artística – Narrativas da Cidade e Jardim das Pedras – que compreendem um núcleo de actividades que funcionam como pólos aglutinadores.
2-Projectos teórico-práticos em tutorias exclusivamente dedicadas a jovens artistas emergentes.
3-Projecto de formação e educação artística, como um factor transversal, que vai do Ensino Pré-escolar à Universidade.

 

2. Sobre a Luzlinar

A Associação Luzlinar, constituída em 2004, é uma instituição cultural sem fins lucrativos, com sede no Feital (Trancoso), tendo como propósito a promoção e divulgação das artes plásticas, performativas e cinema, o desenvolvimento de projectos no âmbito da arte experimental, a colaboração com instituições que persigam os mesmos fins, a criação de espaços e formas de cooperação interinstitucional e contribuir para o estudo e divulgação do património material e imaterial.

A sua criação surge da necessidade de continuar o trabalho que a escultora Maria Lino vinha desenvolvendo desde 1995, com a realização do primeiro Simpósio Internacional de Artes do Feital. Desde então, com limitados apoios da Fundação Calouste Gulbenkian, da Direcção Regional da Cultura – Centro e do Município, desenvolveu um trabalho continuado de criação e promoção das artes plásticas e performativas.

A partir de 2009, com apoios mais regulares da DGArtes, foi possível à Luzlinar projectar e desenvolver um plano de actividades consistente, que permite mais tarde a candidatura aos apoios directos com o Projecto Pontes (2014), alargando o campo de acção ao município do Fundão, num intenso programa de projectos com artistas em residência, programa educativo integrado por parcerias de âmbito regional, nacional e internacional, envolvendo as componentes de documentação e investigação mas também exposições, encontros, seminários, conferências e edições. Em 2010 iniciámos paralelamente um projecto de Seminários Internacionais de Cinema.

Todo este percurso permitiu a esta equipa de trabalho crescer, reforçar laços, alargar o âmbito territorial e desenvolver projectos ainda mais ambiciosos, tendo sido possível também agregar novos colaboradores “nascidos” já no âmbito das próprias actividades, caso das Tutorias.

Nasceram assim dois novos Laboratórios – Campus e Comuna – criados em conjunto com quatro Universidades portuguesas e outra em Oslo, com os Agrupamentos Escolares das cidades de Pinhel, Belmonte, Trancoso e Fundão, promovendo o seu encontro com um expressivo número de artistas que neles trabalham diariamente.

 

3. Parceiros

 

4. Projecto Artístico e Plano de Actividades

Desenvolvemos uma cultura artística baseada em critérios universalizantes e recusamos juízos de gosto baseados em modas.

A partir dos lugares da serra e da cidade criámos dois espaços laboratoriais – Campus e Comuna – onde a criação artística neles se instala/reside, produz e permite experiências partilháveis com outros territórios à escala regional e nacional, ibérica e europeia.

É com este sentido de partilha, do que é ou pode ser comum a todos, que as parcerias se vão descobrindo dentro e fora do país, seja com os Municípios, Escolas dos vários níveis de ensino, Universidades, Museus, Entidades congéneres ou Empresas.

Assim, numa espécie de osmose, construímos uma rede-de-lugares, com diferentes escalas e parceiros, projectando ideias compartilhadas.

Em todas as nossas linhas de orientação incorporamos Investigação, Experiência, Aprendizagem e Promoção Artística.

As actividades são construídas reforçando a interdependência entre os diversos núcleos e seus intervenientes.

Estimulamos a multidisciplinaridade e o cruzamento entre a arte e a ciência. Ao longo dos processos de pesquisa encontramos binómios do tipo – Desenho-Etnografia, Novos Media-Estudos Literários, Expressão Plástica-Antropologia – que nos permitem investigar novas áreas, como por exemplo: o território entre o artista e o artesão ou o desenho como documento etnográfico.

Estruturamos as nossas actividades em núcleos de (1) Investigação/criação, (2) Teórico-prático em tutoria, (3) Formação/educação e (4) Promoção/divulgação:

1- No campo da Investigação /criação artística, destacamos a figura do “Artista-Investigador” que, de forma individual ou colectiva, desenvolve a sua prática artística informada, directa e indirectamente, por uma multiplicidade de processos de investigação e de experiências de campo, coordenando e desenvolvendo projectos, estabelecendo ligações entre núcleos e actividades, e dinamizando as relações com a comunidade e a escola.

2- Já o núcleo Teórico-prático em tutoria, totalmente dedicado à emergência artística, recebe o “Artista-Emergente” que desenvolve o seu projecto individual de criação, assistido pelos seus tutores. Paralelamente integra os projectos colectivos de criação e investigação bem como os projectos de formação e promoção artística, beneficiando assim de um quadro de experiências diferenciadas, fundamental no âmbito da sua própria formação.

3- A Formação e Educação desenvolvem-se ao longo do ano, ao ritmo do próprio calendário escolar, num programa especialmente preparado para o envolvimento directo da comunidade escolar, compreendendo “Oficinas-visita”, “Oficinas-projecto” e “Apresentações”. Integramos crianças e jovens num universo altamente qualificado (pontos 1 e 2) que só a permanência dos artistas em laboratório poderia oferecer.

4- A Promoção e a divulgação artística comportam quatro dinâmicas – Edição Digital, Itinerâncias, Oficinas Abertas, Marketing cultural e Merchandising – projectadas especificamente para a internet, espaços expositivos, laboratórios do projecto e sector empresarial respectivamente.
Desta forma expomos todas as nossas actividades no mundo virtual com os “Diários on-line”, levamos as nossas criações artísticas às pessoas através da rede-de-lugares nacional e internacional, abrimos os nossos laboratórios à comunidade e ainda exploramos pontos de intercepção entre o meio artístico e os sectores empresariais da sociedade.
Destacamos ainda a emergência artística como um dos vectores principais deste projecto, iniciado em 2015. Desenhámos toda uma estrutura preparada para os artistas emergentes com o apoio de agentes das áreas artísticas profissionais (galerias, associações de artistas, programadores, curadores) e institucionais (Universidades, Museus, Municípios) incluídos nas parcerias desta candidatura.
Para além do núcleo das Tutorias convidamos também artistas emergentes a trabalhar com artistas consagrados nos nossos simpósios internacionais e ainda promovemos o intercâmbio com congéneres sediadas no estrangeiro.

 

5. Abrangência

Temos a nossa sede e base de actividades dividida entre uma aldeia numa serra (Feital) e o centro histórico de uma cidade da província (Fundão), onde em ambas a cultura artística é aquela que se difunde através da televisão.

Assistimos nesta vasta região a um cataclismo social, cultural e consequentemente artístico, onde o quotidiano destas populações se encontra refém de uma monotonia e deriva persistentes.

A possibilidade da população destes meios contactar com as práticas artísticas dos mais variados estádios de maturação, nacionalidades, áreas de intervenção e conhecimento é praticamente residual.

É neste contexto que persistimos no desenvolvimento da nossa acção.

No decorrer do Projecto Pontes 2015-17 fomos constatando na designada “população inactiva”, os seniores e os jovens, a existência de uma percepção especial que mostrava grande abertura e entusiasmo nas questões relacionadas com a “criatividade artística” que vão além dos preconceitos instituídos pelos “mundos da Arte”.

Inspirados nesta experiência, criámos projectos agregadores e convocámos para os nossos laboratórios os artistas, as escolas, a comunidade e a universidade, no sentido de desenvolver, ao longo dos próximos quatro anos, um aturado trabalho de investigação e criação artística guiado pelas questões relacionadas com:

– A narração dos lugares da Cidade e Natureza e suas vivências quotidianas;
– A compreensão dos fenómenos culturais, sociológicos nas paisagens;
– O conhecimento com recurso à ciência (Etnografia, Antropologia, Geografia, Biologia);
– A reflexão sobre os limites da acção humana no fazer artístico.

O reconhecimento e participação pública que obtivemos nos 3 anos têm expressão no que definimos como REDE-DE-LUGARES e sobre a qual delineamos uma estratégia territorial para facilitar a “adesão”, ”visibilidade”, “cumplicidade” e “troca” necessárias.

Comuna e Campus continuarão a ser palco para “adesão” dos diversos actores culturais. Consideramos estratégico dar “visibilidade” às actividades mais assiduamente em Lisboa através do atelier do colectivo de artistas Goela e mais activamente nos outros Municípios da Beira Interior. Ao mesmo tempo pretendemos com as nossas actividades estreitar a “cumplicidade” e a “troca” cultural já estabelecida com os parceiros da Raia Espanhola (Salamanca e Morille) e com os restantes sediados na Noruega.

Destacamos o projecto experimental “Mapas – arte e ciência” orientado, e ensaiado nos últimos 3 anos, para a (re)compreensão da memória e do trabalho criativo entre grupos de pessoas seniores e outros que se manifestam fora das redes institucionais ou académicas.

Salientamos os projectos artísticos e pedagógicos anuais junto com os professores e com os alunos, com o objectivo de fomentar múltiplas abordagens à inclusão de práticas de conceptualização e acção artística. Integramos os diferentes níveis de ensino, com cuidado acrescido no que respeita às fragilidades dos alunos com necessidades educativas especiais (com os quais trabalhamos há 5 anos) com o intuito de deslocar a escola para fora da sala de aula, para os laboratórios na serra e na rua.

As actividades Projecto-escola e Residência-Escola, além de representarem um reforço complementar ao ensino, assumem-se como factor fundamental para o desenvolvimento e capacitação social/intelectual dos seus alunos. Como prova disso referimos o trabalho em curso com os Agrupamentos de Escolas do Fundão, Trancoso, Pinhel e a Escola Artística António Arroio.

REDE-DE-LUGARES

 

6. Objectivos Gerais

O Projecto Pontes 21 define nas suas linhas de orientação para a criação artística (Investigação,  Experiência para a integração na vida activa, Formação ao longo da vida e Educação,  Promoção e Divulgação Artística)  os seguintes objectivos gerais:

1 – Fomentar a criação, produção e divulgação artística enraizadas na especificidade dos territórios em que actuamos, no interior de Portugal  no sentido de desenvolver práticas artísticas  que constituam um bom exemplo para a reversão das dinâmicas da depressão humana, social, económica e cultural vividas nos contextos das sociedades globais.
2 – Promover o encontro para a criação e fruição artística interpondo “Pontes” / conectando lugares, reactivando proximidades geográficas locais e regionais adormecidas, para a educação artística com particular ênfase aos projectos desenhados especificamente para escolas de diferentes localidades  e para estratos populacionais com maior fragilidade.
3 – Promover a prática e educação artística para a coesão territorial e social aliando-a ao conhecimento dado pelas ciências sociais, naturais e humanas para a compreensão e reinterpretação de múltiplas realidades presentes. ( ex. das actividades em CAMPUS, COMUNA e MAPAS).
4 – Actuar de forma inovadora e preponderante na qualificação dos cidadãos com a sua integração em projectos artísticos para aprendizagem ao longo da vida ( ex. da actividade MAPAS) e ao mesmo tempo actuar de forma inovadora e preponderante na qualificação dos profissionais das artes, individual e colectivamente, através de projectos desenhados para a sua integração na vida activa. ( ex. da actividade TUTORIAS).
5 – Valorizar o Território providenciando-lhe as figuras espaciais dos Laboratórios COMUNA E CAMPUS que são infraestruturas artísticas/económicas  inovadoras construídas, promovidas e divulgadas pela população e pelos diferentes sectores económicos que o atravessam com impacto local, regional e internacional.
6 – Promover e divulgar a Arte envolvendo-a com actores de diferentes sectores empresariais em diferentes momentos dos processos, do apoio à criação até à sua divulgação e promoção. (ex. da actividade TUTORIAS, MARKETING CULTURAL)
7 – Internacionalizar a emergência artística portuguesa assim como projectar internacionalmente práticas e processos artísticos inovadores em território nacional através do acolhimento de artistas estrangeiros e sua integração nos projectos de Investigação. (ex. da actividade INTERCÂMBIOS).

7. Intervenção Local

Todas as actividades desta candidatura, inserem-se no âmbito de parcerias estratégicas com as autarquias, com destaque especial para o Município do Fundão onde se desenvolve o número mais significativo de actividades, mas também com a União de freguesias de Vila Franca das Naves e Feital, que agora substitui o município de Trancoso, e com uma nova parceria com o município de Belmonte, tendo manifestado interesse em aderir ao projecto outros municípios da Beira Interior, que não o puderam fazer já, por não terem ainda os orçamentos aprovados ou estarem ainda em processo de distribuição de pelouros.

As três autarquias principais, afectam ao plano de actividades comparticipações financeiras e recursos humanos e logísticos substanciais, bem como outros apoios em género, necessários ao desenvolvimento integral de todos os projectos que integram o plano de actividades.

Os Laboratórios – Campus (Feital) e Comuna (Fundão) – foram desenvolvidos em conjunto com as autarquias, nos quais já investiram recursos consideráveis ao longo dos três anos de duração do programa de actividades anterior, com o propósito de se constituírem como pólos agregadores da maior parte dos projectos propostos neste plano de actividades.

Os projectos propostos neste plano de actividades são em alguns casos de continuidade e noutros de desenvolvimento natural de processos com o mesmo propósito e integram na totalidade o plano de actividades dos respectivos municípios.

Existem inclusive dois “projectos-piloto” – Desenhos da Vida e Inclassificáveis – que tiveram o seu curso normal no programa de actividades anterior e que agora o Município de Belmonte pretendeu ver desenvolvidos no seu território.

Existe uma simbiose perfeita entre o projecto da Luzlinar e os projectos culturais das autarquias onde desenvolve todo o programa de actividades.

8. Gestão | Quadros e Resumos

Este projecto assenta na forte experiência desta equipa e na relação consistente e sensível com os parceiros envolvidos, resultando numa excepcional poupança de recursos, pelo aproveitamento de valências de cada um nos múltiplos quadros de acção.

Só esta articulação de capacidades permite continuar um projecto artístico singular e culturalmente relevante, mais de 20 anos depois do seu início, numa zona do interior profundo do nosso país.

Para além da enérgica equipa técnica e artística da estrutura, prevemos a colaboração/integração das equipas de técnicos municipais dos três concelhos, em especial os elementos inseridos nos organismos de produção, para além do apoio especializado dos elementos ligados às estruturas onde vamos realizar actividades como exposições ou conferências, etc.

Para este projecto construímos um orçamento equilibrado, realista e adequado ao plano de actividades a que se propõe neste programa.

A montagem financeira foi elaborada com base nos valores evidenciados em exercícios dos últimos anos, perfeitamente adequados, considerando a enorme estrutura logística e recursos necessários ao programa de actividades, com orçamentos suficientemente detalhados para se poder verificar o rigor e a capacidade de eliminação de desperdícios, sem deixar de garantir boas condições para o desenvolvimento de todas as acções.

Os objectivos que se pretendem alcançar também eles têm dimensão muito abrangente visando as promoções cultural e artística de várias zonas do país e a divulgação internacional deste exaustivo programa de residências de criação artística.

A fim de nos permitir reconhecer atempadamente os elementos de risco no plano de produção e orçamentação em todas as suas vertentes, tivemos necessidade de introduzir uma nova prática, que agora efectuamos em colaboração com os serviços técnicos do município do Fundão, onde efectuaremos uma avaliação precisa da execução orçamental, com carácter trimestral.

Este procedimento visa igualmente garantir o risco de falhas no financiamento das autarquias, que assim serão elas também a participar na supervisão do processo de gestão, conhecendo antecipadamente situações de risco e participar na sua solução.

Por último, no que respeito a recursos humanos, consideramos para este projecto dois colaboradores em regime de contrato sem termo, por sinal dois jovens artistas que frequentaram o nosso programa de tutorias e que trabalham na equipa há mais de um ano, e três colaboradores a tempo parcial. A restante equipa trabalhará nos distintos projectos em regime de prestação de serviços.

Direcção Geral: Carlos Fernandes
Direcção Artística: João Castro Silva
Direcção Científica: João Paulo Fidalgo Carvalho
Direcção Educação: Mariana Fernandes

Programação: Ana Couto
Comunicação e Design: Ana Rodrigues
Produção: Flávio Delgado
Coordenação de Projectos: Pedro Januário, António Lopes, Mário Fernandes e Miguel Rainha

Simpósios

Descrição:
Os Simpósios são uma importante marca da Luzlinar. Desde 1995 que realizamos o Simpósio Internacional de Arte do Feital, por onde passaram mais de 90 artistas oriundos de Portugal e de vários pontos do mundo.

Os Simpósios são residências de trabalho, durante duas semanas cada, onde se desenvolve uma pesquisa conceptual e formal para a experimentação prática e materialização de conceitos.

Propomos a realização anual de dois Simpósios nas áreas dos Novos Media e da Dança, no sentido de fomentar diferentes actos artísticos inspirados pelos lugares onde se realizam.

Para coordenarem os simpósios nos próximos quatro anos convidámos o professor Francisco Paiva da UBI e a performer Vera Mantero, respectivamente.

Os Simpósios desenvolvem-se dentro dos mesmos princípios e critérios, apenas as temáticas mudam e o espaço geográfico de trabalho – Comuna, Cidade do Fundão e Campus Jardim das Pedras, Aldeia Artística do Feital, respectivamente.

Os Simpósios que desenvolvemos destinam-se a artistas portugueses e estrangeiros, jovens emergentes e confirmados. Nas suas edições integram sempre dois participantes finalistas ou recém-licenciados da área.

Em função das temáticas definidas a partir dos Laboratórios Campus e Comuna em que acontecem, os participantes definem as suas linhas estratégicas e ritmo de trabalho de abordagem ao tema, cada qual trabalha em função das suas próprias idiossincrasias.

Através destes momentos colectivos, cada um dos participantes vai ficando inteirado dos trabalhos de todos os outros, o Simpósio ganha a densidade de um todo. Representa para os seus intervenientes um período de profundo  recolhimento e concentração para as práticas artísticas e sua reflexão.

Os resultados destes simpósios são apresentados sob forma de performances, instalações, exposições, etc., constituindo nalguns casos núcleos expositivos para circulação.

Planeamento:
Cada Simpósio é composto por duas actividades principais:

1 – Residência | Investigação com a duração de duas semanas (15 dias) para 10 artistas.
2- Apresentação pública resultados sob forma de performances, instalações, exposições, etc., constituindo em alguns casos núcleos expositivos para circulação futura.

 

Objectivos Específicos:
– Promover a Dança e Novos Media fomentando o contacto entre os projectos artísticos e os lugares onde são gerados.
– Propiciar a abertura de espaços para estimular, pela acção artística, a reflexão sobre as metodologias e práticas artísticas.
– Promover a participação activa e a qualificação da comunidade artística nos domínios da criação e da descoberta de novas linhas e práticas de investigação.
– Promover a participação e a qualificação dos públicos, das escolas e das comunidades na cultura em diversos domínios da actividade artística através do contacto com os artistas em residência.
– Contribuir para a diversidade e qualidade da oferta artística nos territórios nacional e internacional.

 

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Seminário

Descrição:
A criatividade é um importante recurso para uma cultura da sustentabilidade. Esta reflexão está presente na transdisciplinaridade, no questionar de percepções adquiridas,exercitadas e memorizadas.

Os seminários Luzlinar são fóruns participativos e abertos ao público,“um paraíso para os estudiosos que, como os poetas e os músicos, adquiriram o direito de fazer o quelhes apetece, e que produzem mais quando lhes permitem que exerçam esse direito.” Flexner, Abraham in «A utilidade do saber inútil»

O modelo, dinâmico, reunirá diversos “agentes” que durante um tempo pré-estabelecido discutirão os mais diversos temas propostos pela organização. Realizados porautores, reunirão a maior diversidade de agentes que integram o mundo da Arte, da Ciência e da Cultura: escultores, economistas, investigadores, pintores, actores, autarcas,músicos, poetas, cientistas, galeristas, críticos, leiloeiros, comissários, professores, curadores, juristas, distribuidores, técnicos, produtores, cantores, realizadores,museógrafos, fiscalistas, etc.

São seminários teórico/práticos de média duração que remetem ao pensar / fazer próprio das mais variadas expressões artísticas, científicas e culturais pondo em causaquestões relativas a estas áreas na contemporaneidade e na sociedade.

Pretende-se especular sobre a criação artística e a transdisciplinaridade que esse domínio integra, penetrar o domínio da produção sobre as sociedades.

Abrangentes no que aos vários domínios da expressão artística, científica e cultural dizem respeito, neles cabem em discussão os mais diversos temas das mais diversasáreas, fazer persistir o questionar em vez do responder.

Pretende-se pensar a Arte, a Ciência e a Cultura para lá das expressões íntimas dos autores e torná-las entendíveis em todas as suas dimensões.

Planeamento:
Os seminários Luzlinar desenvolvem-se dentro de duas perspectivas e em duas localidades: os Seminários Narrativas da Cidade, na Cidade do Fundão, e os Seminários Jardim das Pedras, na Aldeia Artística do Feital.

Para os Seminários Jardim das Pedras, do próximo ano, propomos como temática de debate, “Os Limites da Acção Humana”: a tentativa de entender os limites de intervenção plástica; até onde pode/deve ir a mão humana sem descaracterizar um espaço; liberdade e poder da criatividade; Arte e Natureza. Colaboração científica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, UTAD.

Os Seminários Narrativas da Cidade, terão como temática “Útil / Inútil – Realidade / Ficção”: iremos questionar percepções culturalmente adquiridas, exercitadas, memorizadas e repetidas; penetrar o domínio da produção sobre as sociedades; acção/pensamento das relações entre objectos e as suas disfuncionalidades; Arte e Produção. Colaboração científica da Universidade da Beira Interior, UBI.

Os Seminários desenvolvem-se entre três dias a quatro dias, com seis oradores convidados por dia – três da parte da manhã e três da parte da tarde. Cada orador terá entre vinte a quarenta minutos para fazer a sua comunicação sendo que no final se seguirá um debate com o público participante.

Objectivos Específicos:
– abrir uma oferta de ensaio e prática sobre pressupostos transdisciplinares de partilha de conhecimentos e experiências, no âmbito de questões relacionadas com percepção e forma, perenidade e efemeridade, composição e espaço, natureza e cidade, estética e ética, lugar e memória.
– oferecer a possibilidade a uma prática reflexiva – pelos meios da criação artística, científica e cultural- e da indagação permanente sobre o momento vivido, o espaço e a comunidade habitados.
– fomentar a capacidade criativa, mediante a compreensão e experimentação dos valores essenciais.
– desenvolver as capacidades cognitivas, metodológicas, científicas e tecnológicas.
– estimular um constante arbítrio reflexivo e crítico em relação aos problemas delineados e às soluções encontradas.

 

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Residências de Acolhimento e Intercâmbio
Síntese – Grupo de Música Contemporânea

Descrição:
O laboratório CAMPUS JARDIM DAS PEDRAS na Aldeia Artística do Feital oferecem condições de espaço para a criação, alojamento, ensaio e apresentação na área da Música.

O acolhimento de projectos exteriores formam sinergias criativas reais com o Projecto Pontes de múltiplas formas, ampliando e enriquecendo as linhas de investigação e os processos de criação de parte a parte, das quais enumeramos dois aspectos traduzidos nas seguintes descrições de actividade:

– Assegurar condições de logística às residências de acolhimento e colocar à disposição condições para o desenvolvimento de projecto através dos diversos parceiros do Pontes.

– Estimular o cruzamento, entre os projectos e os laboratórios, através de uma apresentação pública no final de cada residência, como condição mínima ao acolhimento, prevendo uma heterogeneidade e alargamento da oferta cultural nos territórios respectivos aos laboratórios e aos nossos parceiros culturais.

As residências de acolhimento do grupo SÍNTESE estruturam-se em dois tipos de actividade, Residências e Concertos, no contexto dos “Concertos no Património” e de Edição do “Romance da Raposa”, preparação de uma obra musical direccionada para crianças, com uma adaptação do “Romance da Raposa”, de Aquilino Ribeiro, com música original de Eduardo Patriarca.

Planeamento:

1- Residências
– Residência artística “Romance da Raposa” no Feital: de 31 de Maio de 2019 a 2 de Junho de 2019
– Três residências de investigação e criação artística no Campus Jardim das Pedras.

2 – Concertos
– Concerto | “Concertos no Património” a 15 de Setembro de 2018 – na Cooperativa Beira Serra em Vila Franca das Naves
– Concerto | “Concertos no Património”a 30 de Maio 2019 – Feital – Campus Jardim das Pedras
– Concerto (integrado no ciclo de concertos de apresentação do “Romance da Raposa”): 5 de Junho de 2020.- Campus Jardim das Pedras
– Concerto | “Concertos no Património” a 10 Julho 2021 – Feital – Campus Jardim das Pedras

Residências de Acolhimento e Intercâmbio
Intercâmbio Internacional

Descrição:
Acolhimento e intercâmbio de artistas nacionais e internacionais com entidades congéneres ou outras instituições internacionais. Os laboratórios CAMPUS JARDIM DAS PEDRAS na Aldeia Artística do Feital e COMUNA na Cidade do Fundão oferecem condições de espaço para a criação, alojamento, ensaio e exposição nas áreas das Artes Plásticas, Design, Fotografia, Novos Media, Arquitectura, Dança, Música, Teatro disponíveis para o acolhimento de projectos.

O acolhimento de projectos exteriores formam sinergias criativas reais com o Projecto Pontes de múltiplas formas, ampliando e enriquecendo as linhas de investigação e os processos de criação de parte a parte, das quais enumeramos dois aspectos traduzidos nas seguintes descrições de actividade:

– Assegurar condições de logística aos artistas internacionais e colocar à disposição condições para o desenvolvimento do seu projecto através da sua inclusão no projectos teórico-práticos em Tutoria.

– Estimular o cruzamento, entre os projectos e os laboratórios, através de apresentações públicas de cada artista acolhido, prevendo uma heterogeneidade e alargamento da oferta cultural nos territórios respectivos aos laboratórios e aos nossos parceiros culturais.

– Oferecer aos artistas-emergentes nacionais a oportunidade de alargar o seu leque de experiência criativa além fronteiras.

Para o primeiro ano de 2018 temos previstos duas entidades para intercâmbio na Noruega e em Espanha. Mais propriamente com a Escola Artística DTK em Oslo e com o PAN Festival em Morille.

Planeamento:
Para os próximos quatro anos estão já definidas os seguintes dois intercâmbios a ocorrer entre Espanha, Noruega e Portugal:

– Participação anual de quatro Artistas-Investigadores ou Artistas-Emergentes do projecto Pontes 21 no festival PAN – Encuentro y Festival Transfronterizo de Poesía, Patrimonio y Arte em Morille promovido pelo Ayuntamiento de Morille, e acolhimento de emergência artística espanhola nos Projectos Teórico-Práticos em tutoria no territórionacional.

– Participação anual de dois Artistas-Investigadores ou Artistas-Emergentes do projecto Pontes 21 nas residências de acolhimento da DTK – Det Tverrfaglige Kunstinstitutt e acolhimento no território nacional de dois artistas noruegueses nos Projectos Teórico-Práticos em tutoria também anualmente.

Tutorias 

Acolhimento da Emergência Artística

Descrição:

Tutorias é uma actividade anual especialmente desenhada para o desenvolvimento e promoção da emergência artística, que acolhe Projectos Teórico-Práticos, dasdiferentes linguagens artísticas, com a duração até um ano.

Actividade desenvolvida nos últimos três anos no âmbito do projecto apoiado pela Direcção Geral das Artes, que pelo carácter distintivo com que foi desenvolvida quer pelos resultados obtidos, que pretende-se dar continuidade e desenvolver ao máximo no quadro deste projecto.

Para os próximos quatro anos pretendemos diversificar a oferta de modelos de acolhimento aos tutorandos, ampliando os objectivos, abrangência e aperfeiçoar o seu funcionamento introduzindo um regulamento de acesso e de funcionamento a desenvolver pela equipa da Luzlinar.

Consiste na investigação e criação individual de um artista orientada por um tutor (ou vários tutores) criando-se, desta forma, espaços de discussão que permitam uma leitura isenta do trabalho que vai sendo pensado/realizado.

Constitui-se como um dos projectos fundamentais para operacionalização e internacionalização do Projecto Pontes promovendo a articulação dos artistas-emergentes, ou finalistas dos cursos artísticos, com o mercado e promoção de trabalho artístico, nacional e internacional, com o apoio de outros agentes das áreas artísticas, profissionais, institucionais inseridos nas Parcerias definidas nesta candidatura.

Os participantes irão residir em espaços de atelier cedidos pelos Laboratórios da Comuna e do Campus, e são integrados na Rede-de-Lugares e em todos os projectos onde poderão levar a cabo as suas experiências estéticas ao nível do pensar/fazer/dar-a-ver.

Os Artistas terão acesso a esta actividade de tutoria de duas formas:

– Por sugestão das Parcerias e Rede de Lugares do Projecto Pontes, com destaque aos parceiros de Ensino Superior e também ao nível do Ensino Secundário profissional e especializado.

– Por abertura de concurso mediante apresentação de candidatura contendo apreciação, discussão da proposta com os candidatos.

Direcção Artística do Projecto e os Consultores de Projecto determinam o elenco de personalidades profissionais para cada tutoria adequado à área artística de cada projecto.

Para uma maior aproximação à relação profissional que se estabelece entre autores e canais de comercialização, 20% do valor das vendas reverterá para a Associação Luzlinar integrando o financiamento deste projecto.

 

Planeamento: 

Para o horizonte de 2021 do Projecto Pontes estão previstas um conjunto de quatro tutorias em cada um dos quatro anos, perfazendo um total de 16 tutorandos participantes.

O projecto tutorias prevê o acolhimento-residência nos laboratórios de cada participante correspondente a um mínimo de 45 dias úteis para o desenvolvimento do seu projecto, complementando-o com a sua intervenção por igual período de tempo nos restantes projectos artísticos perfazendo um total de 90 dias úteis.

1 – Residência | Investigação e Criação na área das Artes Plásticas, Design, Fotografia, Novos Media, Arquitectura, Arquitectura Paisagística em articulação com meios dedifusão institucionais, explicitando de forma estruturada, objectiva e clara os objectivos e as questões a formular, com a inclusão de plano orçamental e a calendarização do trabalho a desenvolver de acordo com os objectivos formulados.

2 – Apresentações Públicas dos projectos após conclusão.

 

Objectivos Específicos: 

– Orientar jovens profissionais para o desenvolvimento de linguagens individuais livres de preconceitos ou pressões de mercado.

– Envolver os artistas emergentes que frequentam as tutorias nos trabalhos a desenvolver com as comunidades escolares e locais.

– Incentivar à implementação e prossecução de práticas de concepção e realização artísticas, expositivas e de divulgação.

– Desenvolver competências que se baseiam, sobretudo, numa relação directa com a profissionalização futura e simultaneamente promovendo o artista em canais especializados.

– Proporcionar aos artistas um acompanhamento tutorial especializado por parte de um conjunto de professores e artistas das diferentes linguagens artísticas.

Escola

. Projecto-Escola

Agrupamento de Escolas do Fundão

Este Projecto de Formação e Educação Artística pretende dar continuidade ao trabalho desenvolvido nos últimos três anos no âmbito do projecto Pontes (2015/2017). Todas as actividades dispõem dos Laboratório Comuna como matéria, tema, espaço, lugar para a sua manifestação e desenvolvimento.
O Projecto-Escola é simultaneamente um projecto artístico e pedagógico aberto às escolas parceiras da Luzlinar definidas na rede-de-lugares do projecto Pontes.
O projecto conta com alunos e professores, sua realidade e prática pedagógica, para lhes fomentar a inclusão de modelos de conceptualização e acção artística. Todas as actividades promovidas oferecem às escolas uma versatilidade inter-disciplinar, da arte às ciências, ao desporto e às humanidades, por intermédio de um contacto directo com os artistas.
A programação é contínua, ao longo de cada ano lectivo, e composta por actividades concebidas entre a equipa do Projecto Pontes e os respectivos corpos docentes.
Dada a natureza das diferentes propostas das escolas e face às exigências dos calendários escolares, o projecto estrutura-se da seguinte forma: oficina-visita; oficina-projecto; apresentação pública.

 

Planeamento
1 – Oficina . visita – (10 sessões) Aproximação ao Laboratório  Comuna, onde se desenvolvem as várias Residências para o contacto com os artistas nos seus locais de trabalho. Pretendendo assim centrar a atenção de alunos e professores no sentido da compreensão das metodologias, técnicas e construção do processo artístico.
2 – Oficina . Projecto – (10 sessões por ano lectivo) para desenvolvimento de um projecto artístico dos alunos e professores de cada agrupamento, com o acompanhamento de um artista em tutoria.
3 – Apresentação pública à escola e à comunidade – 5 sessões por ano.

 

Objectivos Específicos

– Proporcionar aos alunos de todos os níveis de ensino, a realização de projectos artísticos não possíveis nas instalações escolares.
– Desenvolver um conhecimento estético e uma experiência prática de intervenção no espaço urbano.
– Estimular a participação e a inclusão da comunidade escolar em acções artísticas ou de carácter transdisciplinar.
– Promover projectos e experiências que relacionem e reflictam sobre a relação entre arte e pedagogia.
– Fomentar o espírito crítico e o pensamento visual a partir de modelos contemporâneos estruturados em princípios universalistas.

 

. Residência Escola

Este Projecto de Formação e Educação Artística, é simultaneamente um projecto artístico e pedagógico.
A Residência-Escola funciona como complemento ao ensino secundário especializado e ensino secundário de Artes.
Pretende-se que os alunos em regime de residência estabeleçam contacto com os Artistas em Tutoria ou residentes no âmbito do Projecto Pontes, fomentando a importância do diálogo entre o artista emergente ou consolidado e o estudante do ensino secundário especializado.
As actividades têm lugar nos laboratórios Campus e Comuna apresentando condições ideais para o desenvolvimento de projectos artísticos e espaço disponível para trabalhar em diferentes escalas em termos de capacidade tecnológica, apoio técnico e artístico adequado às especificidades de cada projecto que em contexto de sala de aula não seriam possíveis.
Esta actividade que decorre com a Escola Artística António Arroio desde 2014 e Agrupamento de Escolas de Corroios desde 2019 pretende aqui ter o seu natural desenvolvimento no quadro deste projecto, perspectivando a possibilidade de abertura destas residências a novas escolas.
Destaca-se da experiência obtida das residências a importância para o desenvolvimento artístico e curricular dos seus alunos obtendo novos objectos de estudo e diferentes perspectivas de trabalho durante um período lectivo inteiro.
Destaca-se também a partilha de práticas artísticas e pedagógicas para a inclusão dos alunos com necessidades especiais em todas as actividades desenvolvidas.

 

Planeamento

1 – Residência | Investigação e Criação com a duração até oito dias e a participação até vinte e três alunos e seis professores. Serão disponibilizados: atelier e espaços adequados para a realização dos projectos; apoio técnico e humano à realização; todos os materiais e ferramentas de trabalho necessários.
Tal como Alojamento e alimentação.
2 – Apresentação pública da experiência que os alunos tiveram nos laboratórios da Luzlinar.

 

Objectivos Específicos

– Desenvolver projectos teórico-práticos com o intuito de enriquecer o currículo dos
alunos.
– Proporcionar aos alunos das escolas de ensino artístico, a realização de projectos artísticos não possíveis nas instalações escolares.
– Desenvolver um conhecimento estético e uma experiência prática de intervenção na paisagem.
– Desenvolver competências que se baseiam sobretudo numa relação directa com a profissionalização futura.
– Fomentar o espírito crítico e o pensamento visual a partir de modelos contemporâneos estruturados em princípios universalistas.

 

Edição Digital

Descrição:

Pelo seu carácter de pesquisa teórico-prática o projecto Pontes originará um sem número de trabalhos nos mais diversos formatos e meios que devem formar parte do acervo para posteriores investigações e constituição de núcleos expositivos. Todo o trabalho selecção, de registo e catalogação digital é feito pela equipa Luzlinar em conjunto comos artistas-investigadores ou artistas-emergentes de forma a garantir o devido acompanhamento e adequação necessárias à autenticidade de cada registo, sua reprodução e condições de apresentação.

São desenhos, pinturas, esculturas, anotações de texto, pensamentos escritos, resenhas, esbocetos bi e tridimensionais, mapas, intervenções na paisagem, intervenções de carácter urbano, entrevistas, exposições, registos fotográficos, performances, instalações, levantamentos, bibliográficos, gravações áudio e vídeo etc. Toda esta multiplicidade de formatos de apontamentos ou trabalhos deverão ser registados e guardadas cópias no nosso arquivo digital.

Pretendemos entrosar o arquivo digital entre dois canais de edição para a sua praticabilidade e publicitação: um de produção de conteúdos – Diário digital; outro de selecção de conteúdos – Catálogo Digital anual.

 

Planeamento: 

1 – Diários on-line:

Em paralelo à constituição do arquivo digital, pretende-se que todas as residências no âmbito dos projectos de investigação e criação sejam acompanhadas de um diário online público, onde se abre aos artistas residentes um canal de comunicação directa com o público, dando a possibilidade de estabelecer conexões, relatos, processos para um público-alvo além do público da população local e para além da apresentação pública que encerra cada residência.

2- Catálogo digital Anual:

Prevemos anualmente um momento de reflexão que o afastamento temporal permite. A partir desta recolha, a equipa de consultores e a direcção artística do Projecto Pontes, fará uma avaliação no sentido de preparar um Catálogo Digital Anual que informe e documente os percursos anuais do Campus e da Comuna, as acções individuais e colectivas de cada Residência Artística, Simpósio, Seminário, Tutorias, Escolas, Comunidade, etc.

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Itinerâncias

Descrição:

Todos os Projectos de Investigação e Criação artística desenvolvidos concretizam-se em trabalhos de especulação prática que serão apresentados e expostos publicamente nos locais onde se realizaram – nos Espaços da Comuna e do Campus – mas também se constituem como núcleos expositivos itinerantes que serão expostos em espaços disponibilizados pelos nossos parceiros da rede-de-lugares.

Esta actividade visa promover a Itinerância regular das obras produzidas nas diferentes Residências de criação artística, bem como o acolhimento de obras em circulação, performances ou núcleos expositivos, em diferentes distritos do país.

Pretende-se contribuir para uma oferta artística heterogénea e regular em toda a região com núcleos expositivos preparados à escala de cada município, suas condições de acolhimento e de funcionamento.

Todas as exposições e/ou eventos que queremos realizar serão estruturados por todos aqueles que neles intervieram, de forma a favorecer uma participação efectiva dos artistas em todas as fases, desde a sua génese e formulação à sua exteriorização e mostra.

 

Planeamento: 

Estão programados por ano quatro núcleos expositivos em itinerância.

Cada trimestre apresenta um núcleo expositivo de um dos seguintes projectos de investigação e criação artística:

– Exposições ESPÓLIO LUZLINAR

– ACOLHIMENTO de núcleos expositivos de artistas.

– TUTORIAS exposições frequentes dos artistas-emergentes;

Anos seguintes:

– MAPAS – exposição dos artistas-investigadores, no âmbito dos Desenhos da Vida, Inclassificáveis, Lendas e Narrativas.

– NARRATIVAS DA CIDADE ou JARDIM DAS PEDRAS – exposições volantes resultantes dos projectos de investigação e criação artística dos laboratórios.

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Oficinas Abertas

Descrição:

A Associação Luzlinar tem desenvolvido, em conjunto com os parceiros locais, uma oferta de oficinas de turismo criativo sensibilizando e alertando a comunidade local para as questões relativas ao património natural e cultural, ao mesmo tempo que proporciona experiências, acções, workshops e outras aprendizagens decorrentes das práticas ligadas às residências e projectos artísticos em curso.

As Oficinas Abertas pretendem ser uma diversificação do contacto entre o público em geral e a investigação artística desenvolvido nos laboratórios do Campus e da Comuna, respectivamente da Aldeia Artística do Feital e Cidade do Fundão. Através de uma oferta contínua variada de sessões públicas, em formato “oficina”, pretende-se promover uma pluralidade de olhares e aproximações atentas simultaneamente aos espaços Comuna e Campus, aos trabalhos artísticos e ao território.

As oficinas abertas acontecem regularmente, durante os quatro anos. Cada uma funciona com um limite máximo de inscritos de acordo com a natureza de cada oficina. Todas as oficinas são coordenadas por técnicos especializados nas diferentes áreas.

 

Planeamento: 

Para o primeiro ano estão programadas as seguintes Oficinas – Abertas para o Campus Jardim das Pedras, prevendo-se uma programação semelhante até 2021, para ambos os laboratórios.

1 | Rota dos Abrigos . Um dia no Jardim das Pedras

limite máximo de 60 inscritos.

Percurso sensorial por rotas pedestres em torno dos abrigos de pastores da Serra do Feital, que foram sendo construídos ao longo dos últimos séculos. Identificação e descoberta dos abrigos existentes, sua relação com a paisagem através do reconhecimento de caminhos pedestres, povoações e suas comunidades, assim como da geografia própria do local, topografia, clima e outros aspectos. A experiência inclui também uma visita ao Laboratório Experimental de Construção em Pedra Seca.

2 | Construção Experimental de Moroiços . Um dia no Jardim das Pedras

Limite máximo de 10 inscritos.

O Moroiço é uma construção piramidal ou cónica, formada por amontoamento de pedras com utilização da técnica da pedra seca desenvolvida pelos diferentes povos europeus há milhares de anos. Esta experiência propõe a construção de moroiços no Laboratório Experimental de Construção em Pedra Seca do Campus Jardim das Pedras, onde cada grupo constrói o seu próprio moroiço, do planeamento do espaço à construção do objecto, o grupo realiza todo o projecto.

3 | Observações Astronómicas Experimentais .| Um dia no Jardim das Pedras

Limite máximo de 15 inscritos.

Pretende-se com esta experiência interactiva entusiasmar os participantes na prática da observação astronómica, providenciando os conhecimentos fundamentais que ajudem a compreender e a saber utilizar os instrumentos de observação em astronomia no sentido da contemplação do céu, tanto a olho nu como através de telescópios. A experiência permite aos participantes passar a noite no próprio local.

4 | A Experiência da Fotografia . Três Dias no Jardim das Pedras

Limite máximo de 15 inscritos.

A experiência pretende promover a fotografia, na sua vertente documental, como forma de compreensão da paisagem e como esta pode estimular a percepção das relações do indivíduo com os “lugares” e territórios.

A acção de caminhar na paisagem, considerada enquanto experiência estética e envolvendo o registo dos dados visuais dessa experiência, vai permitir a compreensão das implicações da própria acção no quadro semântico dos diferentes elementos integrantes da paisagem. A experiência permite aos participantes passar a noite no próprio local.

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Marketing Cultural e Merchandise

Descrição:

O projecto Pontes tem sido promotor, junto dos sectores empresariais, de parcerias que apoiem as artes plásticas nos mais diversos espaços de actividade, fomentando a divulgação das actividades das empresas associadas ao apoio à práticas artísticas produzidas na região.

Consideramos importante e fulcral desenvolver para os próximos quatro anos este tipo de colaboração, trazendo à nossa divulgação um factor de espontaneidade e suplementar aos parceiros institucionais com os quais trabalhamos.

São exemplo disso os protocolos que temos para com o Hotel de Turismo de Trancoso e a Cooperativa Beira Serra de Vila Franca das Naves, que albergam várias possibilidades de promoção e divulgação das actividades do Projecto Pontes.

Em ambos os casos estão previstas a programação de núcleos expositivos para espaços da Cooperativa Beira Serra e do Hotel de Turismo. Da mesma forma prevê-se um apoio à venda de merchandise decorrente das actividades da Luzlinar, com incentivo para a introdução de postos de venda/informação nos locais.

 

Planeamento: 

Núcleos Expositivos Permanentes:

Destacamos o Hotel Turismo de Trancoso em que está prevista para o próximo ano a programação dos espaços de Foyer e Recepção e salas de conferência, para acolhimento de núcleos expositivos, tal como a promoção directa junto dos seus utilizadores das actividades do Projecto Pontes, nomeadamente da programação regular das Oficinas Abertas promovidas pelo Jardim das Pedras.

Boletim Informativo:

Com a finalidade de tornar os laboratórios da Comuna e do Campus visíveis à população local, que deles participam e neles habitam, a Luzlinar conta com a produção, com o apoio das empresas de um boletim semestral, com a informação fundamental sobre o seu programa e sobre as convocatórias directas à população residente nas freguesias afectas ao Campus e Comuna.

Guichet PONTES:

Construção e instalação de seis guichet PONTES para a colocação de cartazes com a actualização de todo programa, eventos e informação descritiva, trimestralmente. A serem instalados em Vila Franca das Naves, Belmonte, Fundão, Lisboa. Sendo os casos de Vila Franca das Naves, do Fundão e Lisboa acessíveis ao espaço público para aceder a folhetos, consulta de documentos, comunicações, catálogos, postais e outro merchandise Pontes, bem como podem servir de apoio a intervenções artísticas no espaço público.

Merchandise:

Criação e desenvolvimento de objectos de merchandise para venda: crachats, objectos-esculturas, pins, t-shirts, Sacos, souvenirs, etc.

Escola

. Projecto-Escola

Agrupamento de Escolas do Fundão

Este Projecto de Formação e Educação Artística pretende dar continuidade ao trabalho desenvolvido nos últimos três anos no âmbito do projecto Pontes (2015/2017). Todas as actividades dispõem dos Laboratório Comuna como matéria, tema, espaço, lugar para a sua manifestação e desenvolvimento.
O Projecto-Escola é simultaneamente um projecto artístico e pedagógico aberto às escolas parceiras da Luzlinar definidas na rede-de-lugares do projecto Pontes.
O projecto conta com alunos e professores, sua realidade e prática pedagógica, para lhes fomentar a inclusão de modelos de conceptualização e acção artística. Todas as actividades promovidas oferecem às escolas uma versatilidade inter-disciplinar, da arte às ciências, ao desporto e às humanidades, por intermédio de um contacto directo com os artistas.
A programação é contínua, ao longo de cada ano lectivo, e composta por actividades concebidas entre a equipa do Projecto Pontes e os respectivos corpos docentes.
Dada a natureza das diferentes propostas das escolas e face às exigências dos calendários escolares, o projecto estrutura-se da seguinte forma: oficina-visita; oficina-projecto; apresentação pública.

Planeamento
1 – Oficina . visita – (10 sessões) Aproximação ao Laboratório  Comuna, onde se desenvolvem as várias Residências para o contacto com os artistas nos seus locais de trabalho. Pretendendo assim centrar a atenção de alunos e professores no sentido da compreensão das metodologias, técnicas e construção do processo artístico.
2 – Oficina . Projecto – (10 sessões por ano lectivo) para desenvolvimento de um projecto artístico dos alunos e professores de cada agrupamento, com o acompanhamento de um artista em tutoria.
3 – Apresentação pública à escola e à comunidade – 5 sessões por ano.

Objectivos Específicos

– Proporcionar aos alunos de todos os níveis de ensino, a realização de projectos artísticos não possíveis nas instalações escolares.
– Desenvolver um conhecimento estético e uma experiência prática de intervenção no espaço urbano.
– Estimular a participação e a inclusão da comunidade escolar em acções artísticas ou de carácter transdisciplinar.
– Promover projectos e experiências que relacionem e reflictam sobre a relação entre arte e pedagogia.
– Fomentar o espírito crítico e o pensamento visual a partir de modelos contemporâneos estruturados em princípios universalistas.

 

. Residência Escola

Este Projecto de Formação e Educação Artística, é simultaneamente um projecto artístico e pedagógico.
A Residência-Escola funciona como complemento ao ensino secundário especializado e ensino secundário de Artes.
Pretende-se que os alunos em regime de residência estabeleçam contacto com os Artistas em Tutoria ou residentes no âmbito do Projecto Pontes, fomentando a importância do diálogo entre o artista emergente ou consolidado e o estudante do ensino secundário especializado.
As actividades têm lugar nos laboratórios Campus e Comuna apresentando condições ideais para o desenvolvimento de projectos artísticos e espaço disponível para trabalhar em diferentes escalas em termos de capacidade tecnológica, apoio técnico e artístico adequado às especificidades de cada projecto que em contexto de sala de aula não seriam possíveis.
Esta actividade que decorre com a Escola Artística António Arroio desde 2014 e Agrupamento de Escolas de Corroios desde 2019 pretende aqui ter o seu natural desenvolvimento no quadro deste projecto, perspectivando a possibilidade de abertura destas residências a novas escolas.
Destaca-se da experiência obtida das residências a importância para o desenvolvimento artístico e curricular dos seus alunos obtendo novos objectos de estudo e diferentes perspectivas de trabalho durante um período lectivo inteiro.
Destaca-se também a partilha de práticas artísticas e pedagógicas para a inclusão dos alunos com necessidades especiais em todas as actividades desenvolvidas.

Planeamento

1 – Residência | Investigação e Criação com a duração até oito dias e a participação até vinte e três alunos e seis professores. Serão disponibilizados: atelier e espaços adequados para a realização dos projectos; apoio técnico e humano à realização; todos os materiais e ferramentas de trabalho necessários.
Tal como Alojamento e alimentação.
2 – Apresentação pública da experiência que os alunos tiveram nos laboratórios da Luzlinar.

Objectivos Específicos

– Desenvolver projectos teórico-práticos com o intuito de enriquecer o currículo dos
alunos.
– Proporcionar aos alunos das escolas de ensino artístico, a realização de projectos artísticos não possíveis nas instalações escolares.
– Desenvolver um conhecimento estético e uma experiência prática de intervenção na paisagem.
– Desenvolver competências que se baseiam sobretudo numa relação directa com a profissionalização futura.
– Fomentar o espírito crítico e o pensamento visual a partir de modelos contemporâneos estruturados em princípios universalistas.

buraco negro